o tempo passou, escorreu,
mas a vontade de chorar
não obedece mais o passar lento das horas.
o choro agora
é uma realidade à parte de mim,
do mundo de outrora
e do mundo de tudo,
que me foge à regra,
e me sai sem pedir licença.
estavas bela,
estavas minha,
mas não estavas morta:
apareceu-me por saudades tua?
pois eu senti saudade em demasia.
não, não estás louca,
jamais foste esse produto das pessoas a invejar-te,
continuas lúcida até demais.
tudo passa ao numinoso,
ignomioso, mas tudo permanece o mesmo,
no final, o mundo se esquece de si mesmo.
me espera pelo dia em que eu passar, escorrer,
e minha vontade de viver
não obedecer mais o passar lento dos anos.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
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