nasci
para dar adeus.
(para ti, para mim, para ele, para ela)
... e realizá-lo tanto é
que não somente sequência
ao decurso de meu espírito:
é criação de recursos
na reprodução dos meus impulsos,
- pulsos finos, brincos lindos -
para que eu aprenda finamente a viver.
mas nasci para viver
e me perder.
e na perda de mim mesmo
em meio ao desejo de frente
e ao lamento de trás e
em meio ao desejo meu por ti,
que querendo nunca acabar,
finalmente acaba...
... meu adeus é premente àquilo que me recebe,
sumamente se desfaz em microespasmos de glória,
me ajoelho perante a luz
e percebo que meu adeus
foi o vento que, repentinamente,
se vestiu com cores.
segunda-feira, 23 de março de 2009
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