que me seja privada a capacidade de conhecer toda a terra e assim superar os limites da espacialidade que em mim habita.
... à superação do limite de meu corpo.
(decerto que de enésimas formas ele é uma manifestação de uma espacialidade superior ao microcosmo de minha pele)
a megalomania herética ao princípio que me rege.
vencer a barreira do corpo é quebrá-lo
em tantos pedaços
quanto menos
posso contá
-los.
(de maneira absolutamente incompreensível, sinto minha corporalidade moldada em concordância com a terra)
meu espaço é o decalque da terra.
e
finitamente
vê-la confirma a realidade
a qual se forma
e se prende a mim:
a realidade temida.
vejo a terra como uma imitação de corpo,
que no ato de reconhecimento meu a sua essência,
se confirma e se firma
altiva e irrevogável.
vejo a luz incandescente com a turbidez de meu físico.
ouço o som com o oco de meu peito.
ouço a maciez da ausência de som como continuidade do meu grito no penhasco;
vácuo do coração da terra.
a voz se evanesce e se esvanece.
e me encanto por completo
na complacência e contemplação
do meu sumiço,
cada vez mais determinante
cada vez mais iminente.
que me seja privado o enunciado do corpo, e a anunciação do espaço.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
"Idioma"
a língua minha é corpo puro:
braço longo que
alitera corpo magro que
obnubila buraco no peito que
grita face forte que
reitera
...e a lingua tua é pura transcendência.
...e a alegra meu anticorpo
frente ao desmanche seu
que me despe e me emudece
e reduz meu verbo a anti-corpo
e meu corpo a sub-corpo:
sub-corpo do teu corpo.
(nossa semântica é de fins e inícios
mas não existe como tal
pois não finda e não se inicia
no comprimento da minha raíz mais íntima
nem na duração da morte pública mais minha)
minha origem
está num espelho
primordial
cada vez mais escondido
e recôndito.
...a chave de meu corpo lá se encontra,
encerrando consigo mesma,
o conceito de meu idioma mais particular.
braço longo que
alitera corpo magro que
obnubila buraco no peito que
grita face forte que
reitera
...e a lingua tua é pura transcendência.
...e a alegra meu anticorpo
frente ao desmanche seu
que me despe e me emudece
e reduz meu verbo a anti-corpo
e meu corpo a sub-corpo:
sub-corpo do teu corpo.
(nossa semântica é de fins e inícios
mas não existe como tal
pois não finda e não se inicia
no comprimento da minha raíz mais íntima
nem na duração da morte pública mais minha)
minha origem
está num espelho
primordial
cada vez mais escondido
e recôndito.
...a chave de meu corpo lá se encontra,
encerrando consigo mesma,
o conceito de meu idioma mais particular.
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