a língua minha é corpo puro:
braço longo que
alitera corpo magro que
obnubila buraco no peito que
grita face forte que
reitera
...e a lingua tua é pura transcendência.
...e a alegra meu anticorpo
frente ao desmanche seu
que me despe e me emudece
e reduz meu verbo a anti-corpo
e meu corpo a sub-corpo:
sub-corpo do teu corpo.
(nossa semântica é de fins e inícios
mas não existe como tal
pois não finda e não se inicia
no comprimento da minha raíz mais íntima
nem na duração da morte pública mais minha)
minha origem
está num espelho
primordial
cada vez mais escondido
e recôndito.
...a chave de meu corpo lá se encontra,
encerrando consigo mesma,
o conceito de meu idioma mais particular.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
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