aceita de mim o meu pior,
pois o que há em mim é redenção.
(talvez meus dedos,
tão gastos,
ajudem-me a delinear
a forma tolhida deste monologar)
dói em ti o melhor?
perfura-te a necessidade
de um amor tal que manifeste completude?
o caminho valseia em flores.
vejo nas pétalas dele
uma textura obscena -
cortesia de minha total entrega:
meu coração numa vitrine,
o melhor de mim
concedendo-te
a paralisia.
minha revelação -
como um desconhecimento imediato
daquilo que até então construi como meu corpo.
não há rumo algum,
quando se dorme os sentidos,
quando faz-se mudo o espectador
perante a urgência de sua voz.
aceita de mim o pior.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
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