quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"Paisagem Imaginária II ou O lento arder"

neste mundo de sonhos e cores,
de nudez e de flores,
te vejo a lentamente assombrar-me,

(uneasy beach,
white bank of sand,
glistening at a backward world
still to be processed)

pois não me cabe ver-te como tal,
pois tu não cabes no sonho ou na cor,
e normalizado não és normal
conquanto me normatizo em teu alvor.

e ardo (for my core is pure sore,
at the midst of an inpure tornado.)

ardendo... não importa,
a atmosfera é a que se nunca espera,
seja quando comporta o conforto
seja enquanto tu andas na praia de nossa era, distante.

(i see who you are
behind the one self
within us all)

como sujeito semi-etéreo,
te tenho, material bruto de bolhas e brilhos,
como uma metade do meu engenho
ao procurar por mim mesmo,
no mais íntimo dos recônditos do espelho.

(the ultimate silence in its greater sense)

enquanto crio
e descrio
e recrio
nossa distância...

(mumbling towards oblivion)

sofro como uma algaravia presa numa garganta de grave grito.

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